terça-feira, 8 de outubro de 2013

Retrato incrível dos nossos dias, por Mia Couto...um dia isto tinha de acontecer

Carla Figueiredo partilhou a foto de José Augusto.
Um dia isto tinha que acontecer Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos. Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor. Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes. Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou. Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração. São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar! A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas. Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam. Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada. Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio. Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós). Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida. E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!! Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. Haverá mais triste prova do nosso falhanço? Mia Couto

sábado, 21 de setembro de 2013

“As crianças precisam da tristeza, da tragédia para crescerem. Precisam de ter as suas lágrimas”, segundo psicólogo Gordon Neufeld

GORDON NEUFELD

Porque devem os pais pôr os filhos a chorar?

A ideia de fazer tudo para que os filhos sejam felizes, evitando que chorem, está ultrapassada. A teoria de disciplinar sem que a criança chore está desactualizada, diz Gordon Neufeld, psicólogo clínico canadiano que esteve em Portugal no final da semana.
“As crianças precisam da tristeza, da tragédia para crescerem. Precisam de ter as suas lágrimas”, defende. Nos primeiros meses e anos de vida, o “não” dito pelos pais ajuda a disciplinar, em vez de estragar a criança. “Estamos a perder isso na nossa sociedade, não admira que as crianças estejam estragadas com mimos. Afinal, elas são sempre as vencedoras”, continua o investigador que esteve em Lisboa a convite da empresa BeFamily, do Fórum Europeu das Mulheres, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e da Associação Portuguesa de Imprensa.
Na conferência sob o lema “Vínculos Fortes, Filhos Felizes”, Neufeld defende que só se atinge o bem-estar através da educação e que esta deve estar a cargo das famílias e não do Estado. E para garantir o bem-estar de qualquer ser humano ou sociedade é necessário preencher seis necessidades.
A primeira é o “aprender a crescer” e para isso há que chorar, é preciso que a criança seja confrontada, que viva conflitos, de maneira a amadurecer, a tornar-se resiliente, a saber viver em sociedade.
A segunda necessidade é a de a criança criar vínculos profundos com os adultos, estabelecer relações fortes. Como é que se faz? “Ganhando o coração dos filhos. É preciso amarmos e eles amarem-nos. Temos de ter o seu coração, mas perdemos essa noção”, lamenta o especialista que conta que, quando lhe entram na consulta pais preocupados com o comportamento violento dos filhos, a primeira pergunta que faz é: “Tem o coração do seu filho?”, uma questão que poucos compreendem, confidencia.
E dá um exemplo: Qual é a principal preocupação dos pais quanto à escola? Não é saber qual a formação do professor ou se este é competente. O que os pais querem saber é se a criança gosta do docente e vice-versa. “E esta relação permite prever o sucesso académico da criança”, sublinha Neufeld, reforçando a importância de “estabelecer ligações”.
E esta ligação deve ser contínua – a terceira necessidade –, de maneira a evitar problemas. Neufeld recorda que o maior medo das crianças é o da separação. Quando estão longe dos pais, as crianças começam a ficar ansiosas e esse sentimento pode crescer com elas, daí a permanente procura de contacto, por exemplo, entre os adolescentes com as mensagens enviadas por telemóvel ou nas redes sociais, muitas vezes, ligando-se a pessoas que nem conhecem, alerta o especialista.
O canadiano recomenda que os pais estabeleçam pontes com os seus filhos. Quando a hora da separação se aproxima, há que assegurar que o reencontro vai acontecer. Antes de sair da escola, dizer “até logo”; à hora de deitar, prometer “vou sonhar contigo”.  
Mas a separação não é só física, há palavras que separam como “tu és a minha morte” ou “tu és a minha vergonha”. Mesmo quando há problemas graves para resolver, a frase “não te preocupes, serei sempre teu pai” ajuda a lembrar que a relação entre pai e filho é mais importante do que o problema. Hold on to your kids é o nome do livro que escreveu e onde defende esta teoria.

A importância de brincar

A quarta necessidade a ter em conta para garantir o bem-estar dos filhos é a necessidade de descansar. Cabe aos adultos providenciar o descanso e este passa por os pais serem pessoas seguras e que assegurem a relação com os filhos.
As crianças precisam que os pais assumam a responsabilidade da relação, que mantenham e alimentem a relação, de modo a que elas possam descansar e, nesse período, desenvolver outras competências. Uma criança que está ansiosa pela atenção dos pais não está atenta na escola, por exemplo.
Brincar é a quinta necessidade a suprir. Não há mamífero que não brinque e é nesse contexto que se desenvolve, aponta Neufeld. E brincar não é estar à frente de uma consola ou de um computador; é “movimentar-se livremente num espaço limitado”, não é algo que se aprenda ou que se ensine. E, neste ponto, Neufeld critica o facto de as crianças irem cada vez mais cedo para a escola, o que não promove o desenvolvimento da brincadeira. “Os ecrãs estão a sufocar a brincadeira e as crianças não têm tempo suficiente para brincarem”, nota o psicólogo clínico que, nas últimas semanas, fez um périplo por vários países europeus, tendo sido ouvido no Parlamento Europeu, em Bruxelas sobre “qualidade na infância”.
Por fim, a sexta necessidade é a de ter capacidade de sentir as emoções, de ter um “coração sensível”. “Estamos tão focados em questões de comportamento, de aprendizagem, de educação; em definir o que são traumas; que nos esquecemos do que são os sentimentos. As crianças estão a perder os sentimentos quando dizem ‘não quero saber’, ‘isso não me interessa’, estão a perder os seus corações sensíveis”, diz Neufeld.
Em resumo, é necessário que os pais criem uma forte relação emocional com os filhos, de maneira a que estes sejam saudáveis. Os pais são os primeiros e são insubstituíveis na educação dos filhos e são eles que devem ser responsáveis pelo seu desenvolvimento integral e felicidade. Se assim for, estarão também a contribuir para o bem-estar da sociedade.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O cinismo dos valores...por Miguel Torga

O Cinismo dos Valores
Cada vez mais desesperado. Olho, olho, e só vejo negrura à minha volta. Fé? Evidentemente... Enquanto há vida, há esperança — lá diz o outro. 
Mas, francamente: fé em quê? 
Num mundo que almoça valores, janta valores, ceia valores, e os degrada cinicamente, sem qualquer estremecimento da consciência? 
Peçam-me tudo, menos que tape os olhos. Bem basta quando a terra mos cobrir!(.....)


Miguel Torga

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mind game...muito divertido, joga também.

http://www.tabonito.pt/qual-idade-do-teu-cerebro-faz-o-teste/



Este jogo japonês de 10 etapas é capaz de te dizer se o teu cérebro é mais jovem ou mais velho do que o resto do teu corpo. É necessário ter boa memória de curta duração, aquela que fica armazenada durante alguns segundos.
COMO JOGAR:
1: Quando abrir a página, clica em "Start";
2: Aguarda pela contagem decrescente;
3: Memoriza a posição dos números e clica nos círculos, sempre do menor para o maior número;
4: No final do jogo, vais saber a idade exacta do teu cérebro;
Deixa o resultado nos comentários e partilha com os teus amigos! smiley

Hear the sirens, hear the sirens...pearl jam



Sirens lyrics by Pearl Jam 

Sirens is a track from Pearl Jam's Lightning Bolt record.

The song is a ballad but without a big hook in the chorus. Sirens is played by Mike McCready with a capo placed on the second fret of his guitar.

Lyrics:

Hear the sirens, hear the sirens
Hear the sirens, hear the circus so profound
I hear the sirens more and more in this here town
Let me catch my breath to breathe then reach across the bend

Just to know we’re safe, I am a grateful man
This light is pit, alive and I can see you clear
Oh, I could take your hand, and feel your breath
For feel that someday will be over
I pull you close, so much to lose

Knowing that nothing lasts forever
I didn’t care, before you were here
A distant laughter, with the everafter
But all things change, let this remain
Hear the sirens covering distance in the night
The sound, echoing closer, will they come for me, next time?

For every choice, mistake I made, is not my plan
To see you in the arms of another man
And if you choose to stay, I’ll wait, I’ll understand
Oh,  it’s a fragile thing, this life we lead, if I think too much, I can’t get over
When by the graces, by which we live our lives with death over our shoulders
Want you to know, that should I go, I always loved you, held you high above too
I studied your face, the fear goes away.

Guitar solo

It’s a fragile thing, this life we lead, if I think too much, I can’t get over
When by the graves, by which we live our lives with death over our shoulders
Want you to know, that should I go, I always loved you, held you high above too
I studied your face, the fear goes away, the fear goes away, the fear goes away.

Check out the Official Pearl Jam video for Sirens:




http://www.youtube.com/watch?v=qQXP6TDtW0w

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Ousem pensar

Ousem pensar! há um direito social ou liberdade de escolha que todos temos o dever de exercer de modo esclarecido: a escolha dos nossos governantes; ao escolher depositamos o nosso futuro sustentável nas mãos de gente que pensa e age por nós,por isso somos uma democracia representativa e temos um parlamento e autarquias; daqui a uns dias o futuro próximo de Portugal será decidido por nós, cidadãos de um estado social de direito que não se governa por si só mas exige gente responsável no momento das escolhas e, também, da governação. ousem pensar! a austeridade não é inevitável...oiçam se puderem.

“Privatizaram a sua vida, o seu trabalho,a sua hora de amar e o seu direito de pensar. É da empresa privada os seus passos em frente,o seu pão e o seu salário. E agora não contentes querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.”
Bertolt Brecht


A receita da austeridade é-nos mostrada como inevitável e do senso comum. Este professor de Economia mostra-nos porque é que não é bem assim...

http://www.youtube.com/watch?v=E1Kzp5EVUWg

sábado, 24 de agosto de 2013

A revista Visão publicou o artigo de opinião, da autoria do filósofo José Gil, intitulado "O roubo do presente" que se transcreve de seguida.

Jovens filósofos...aqui está uma voz com consciência...obrigada professor pelas suas reflexões.
A revista Visão publicou o artigo de opinião, da autoria do filósofo José Gil, intitulado "O roubo do presente" que se transcreve de seguida.

"Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspetivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos o tempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro.

O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu.

O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho.

O Governo utiliza as duas maneiras com a sua política de austeridade obsessiva: por exemplo, mata os professores com horas suplementares, imperativos burocráticos excessivos e incessantes: stresse, depressões, patologias border-/ine enchem os gabinetes dos psiquiatras que os acolhem. É o massacre dos professores. Em exemplo contrário, com os aumentos de impostos, do desemprego, das falências, a política do Governo rouba o presente de trabalho (e de vida) aos portugueses (sobretudo jovens).

O presente não é uma dimensão abstrata do tempo, mas o que permite a consistência do movimento no fluir da vida. O que permite o encontro e a intensificação das forças vivas do passado e do futuro - para que possam irradiar no presente em múltiplas direções. Tiraram-nos os meios desse encontro, desapossaram-nos do que torna possível a afirmação da nossa presença no presente do espaço público.

Atualmente, as pessoas escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais. O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convivio. A solidariedade efetiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil.

Um fenómeno, propriamente terrível, está a formar-se: enquanto o buraco negro do presente engole vidas e se quebram os laços que nos ligam às coisas e aos seres, estes continuam lá, os prédios, os carros, as instituições, a sociedade. Apenas as correntes de vida que a eles nos uniam se romperam. Não pertenço já a esse mundo que permanece, mas sem uma parte de mim. O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espetral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si.

Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual. É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português. Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria-nos do nosso poder de ação. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país."

Foto: TVI |http://www.tvi24.iol.pt/politica/ultimas-noticias-tvi24-jose-gil-relvas-governo/1352058-4072.html

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O que deve saber aos 20 mas ninguém te diz....leituras do expresso

Daqui a uns anos, quando olhar para trás, vai perceber que tudo isto era mesmo verdade.

(www.expresso.pt)
16:11 Sexta feira, 23 de agosto de 2013

http://expresso.sapo.pt/o-que-deve-saber-aos-20-anos-mas-ninguem-lhe-diz=f827110



Está em contagem decrescente para entrar na faculdade e o nervoso miudinho cresce a olhos vistos. Com estas dicas do do Huffington Post vai aproveitar esta fase da sua vida ao máximo.

1.Mantenha o contacto com os amigos verdadeiros


É fácil perder o pé nos próximos tempos, ofuscado com a quantidade de pessoas novas que vão entrar na sua vida e a animação constante que se avizinha. Mas não se esqueça de continuar a falar com os seus melhores amigos de sempre, porque esses você sabe que estarão sempre ao seu lado, já o mesmo não pode dizer (para já) das pessoas que vai conhecer daqui em diante.

2.Apesar de ser inteligente, o seu cérebro ainda está em formação. Escute os seus pais, mais do que eventualmente gostaria


Só aos 23 anos o seu cérebro consegue estabelecer todas as ligações que o tornam realmente 'adulto'. Até lá (e também depois disso...) continue a escutar os conselhos e os alertas dos seus pais. Eles são (na maioria dos casos) mais fiáveis do que as suas ideias.

3.Aproveite o momento


Mais do que em qualquer outra fase da sua vida, esta é a altura em que está mais concentrado no seu futuro. Mas vá com calma. Isso é bom para se agarrar aos estudos e dar o seu máximo, mas não deixe de viver por causa disso. Saber gozar cada momento é uma capacidade que vai perdendo à medida que os anos passam. Aproveite-a agora!

4.Vai sentir saudades desse seu corpo mais tarde


Chegará o dia em que terá saudades mesmo dessas partes do seu corpo que hoje odeia. E por mais inacreditável que lhe pareça, até vai achar que, afinal, eram quase perfeitas. Cuide bem do seu corpo. Alimente-se de forma saudável e faça exercício físico.

5.Se alguém for realmente indelicado consigo, o problema está nele, não em si


Palavras duras e injustas são geralmente usadas por pessoas inseguras contra aqueles que consideram mais fortes ou melhores do que elas, como a única forma de os tentar abalar. Não se deixe abater.

6.Aprenda a pedir desculpa


Admita quando errou. Diga 'lamento', seja humilde e não arranje mais desculpas para se justificar.

7.A formação é muito importante


Acredite que se vai orgulhar da sua licenciatura para o resto da vida... e se irá arrepender se não a completar. Não interessa se vai ser médico, engenheiro ou professor, ou seguir uma profissão que nada tem a ver com o seu curso, mas fique com a certeza que será sempre um profissional melhor e uma pessoa mais esclarecida.

8.Deve dizer NÃO sempre que achar necessário


A vida é sua e ninguém o pode obrigar a fazer aquilo que não quer. Mesmo que agora as consequências lhe pareçam pesadas, vai sentir-se muito pior se aceder a fazer algo que considera errado ou inapropriado, apenas porque os outros querem.

9.Tudo o que 'postar' nas redes sociais fica para sempre


Uma fotografia que retrata um momento embaraçoso, um vídeo atrevido ou um comentário irreflectido podem impedi-lo de chegar tão longe como gostaria. Cada vez mais os recrutadores usam as redes sociais para conhecer a verdadeira personalidade dos candidatos.

10.Siga a sua voz interior


Não se deixe manipular pelos outros em relação ao que pretende fazer da sua vida. Se o seu sonho é ser advogado não dê ouvidos ao seu melhor amigo que quer á força levá-lo com ele para Publicidade. Até pode ser uma carreira mais excitante, mas se não é isso que o entusiasma, deixe-o ir.

11.A meditação ajuda-o a alcançar os objectivos


Não deixe que os dias passem uns atrás dos outros, sem parar um pouco para reflectir se está a caminhar na direção certa. O curso pode não ser afinal aquilo que imaginara, e não vale a pena esperar pelo final para depois voltar a trás ou transformar-se numa pessoa infeliz. Quanto mais cedo se aperceber e tomar medidas, mais rapidamente muda para o rumo certo. Mas este hábito também lhe será muito útil em outras questões do dia-a-dia - na escolha dos amigos, no tipo de vida que leva, no investimento que está a fazer no estudo, entre outras coisas.

12.Viaje


Esta é a fase ideal para conhecer outras formas de estar na vida. Nem sempre é preciso gastar muito, se souber procurar boas oportunidades. Pode viajar de comboio, autocarro ou em voos low cost e tentar ficar em casa de amigos, ou de amigos de amigos, para poupar na estadia. E porque não aproveitar o convite do seu colega polaco para ir visitar o país dele? Vai precisar de mundo para ser um bom profissional e isso não se consegue na faculdade.

13.Não polua o seu corpo


Não fume, não abuse do álcool, não tome drogas, e reduza a junk food ao máximo. As toxinas afetam não apenas a sua saúde, mas também a sua beleza exterior - arruínam a pele, o cabelo e retiram-lhe o brilho característico da juventude. E estes hábitos influenciam a imagem que as pessoas constroem sobre si. Cuide-se.

14.Dê uma oportunidade aos outros


Escute as pessoas mesmo quando não concorda com elas. Tente perceber o que as leva a defender argumentos diferentes dos seus - por vezes, até há factos que pode desconhecer. Não faça julgamentos precipitados. Tenha uma mente aberta.

15.Seja você próprio


Pare de se comparar com os outros ou de tentar ser uma cópia de alguém. Esse é um comportamento típico da adolescência que é suposto não levar na bagagem para a faculdade. Aprenda a valorizar os seus pontos fortes e tente melhorar os fracos, sem lhes dar demasiada importância.

16. Fale com os professores


Peça ajuda sempre que precisar. Na faculdade os professores são mais distantes, mas não são inacessíveis. Conversar com eles sobre dúvidas ou dificuldades pode até contribuir para que fiquem com mais atenção ao seu desempenho e possam ajudar a abrir-lhe algumas portas quando for preciso.

17.Se quer receber, não se esqueça de dar


Em vez de se queixar que a senhora de idade que lhe aluga o quarto lhe desliga o esquentador quando se demora no duche e não o deixa cozinhar depois das 21h, já pensou em oferecer-se para lhe carregar os sacos do supermercado ou a ajudou a conversar com o neto que está em Londres, através do Skype? Se lhe tentar agradar mais vezes, talvez ela até o adote como um neto e feche os olhos a algumas coisas

18.As pessoas vão tratá-lo da forma que as deixar


Está nas suas mãos o poder de determinar como as pessoas o vão tratar. Rodeie-se de pessoas positivas, bem formadas e divertidas, e mantenha as negativas ou abusadoras à distância. Esta é a forma de ter uma vida mais agradável.

19.Repare como os colegas tratam os pais e... os empregados


Quando conhece alguém (especialmente alguém por quem se sinta atraído), observar como lida com os pais é um bom indicador do que poderá esperar dessa pessoa no futuro. Também a forma como trata os empregados - de lojas, cafés - diz muito sobre o seu carácter.

20.É possível ter boas notas e divertir-se ao mesmo tempo


O truque é fazer uma boa gestão do tempo. A universidade implica muito mais estudo do que o secundário, mas não precisa de lhe dedicar todo o tempo que passa acordado. Além disso, não é necessário estudar afincadamente todos os dias. Nas épocas de testes e exames convém reduzir as saídas, mas há sempre espaço para desanuviar. Preocupe-se em descobrir rapidamente qual o melhor método de estudo e depois encaixe a diversão no tempo livre.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

STOP....INFORMAÇÕES ÚTEIS...mantenham-se informados, visitem http://www.vezfuturo.com

Amigos leitores, e em especial os nossos alunos que se preparam para iniciar uma vida ativa, aqui deixo alguns sites de informação que não devem perder de vista:

http://www.deco.proteste.pt/ - registem-se p.f. e receberão informações úteis/atualizações no vosso email

https://www.facebook.com/vezfuturo.cldsavv - informação muito útil da realidade local de Arcos de Valdevez

O trabalho da equipa de projetos sociais da Vezfuturo é importante porque dá-nos informações atualizadas, permite escolher de modo esclarecido, informem-se junto daqueles que estão perto da população arcuense.




quinta-feira, 27 de junho de 2013

Notícias da Casa das Artes _projeto psicossocial nas artes: entre o sonho e a realidade.

Saiu no site do Município...
...e na Casa das Artes


Obrigada Dr Nuno, Pedro e companheiros pela vossa dedicação e determinação em promover os talentos e a criatividade dos jovens arcuenses, ficamos muito gratos pela vossa visão de uma cultura de todos e para todos.

https://mail.google.com/mail/ca/?shva=1#inbox/13f8510257206a67




domingo, 23 de junho de 2013

ALICE...backstage

Excelente trabalho da equipa fotoclick, obrigada.
Agora só falta o lançamento do video do teatro musical...pensamos que a partir de amanhã todos os nossos alunos e amigos poderão comprar o video de Alice no país das maravilhas, sem dúvida são momentos que valem a pena guardar.

fica aqui uma "espreitadela":
https://vimeo.com/68870498