quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sunt lacrimae rerum...poeta romano Virgílio
E tudo são lágrimas das coisas...por todo o lado ouvem-se lamentações, há meses que se descutem desculpas e acusações, temos a perceção do fracasso que era expectável, afinal percebemos que os pesados esforços que a europa centralista exigiu ser impostos aos portugueses não serviram para ajustar o deficit...as mordomias, as injustiças sociais e o esbanjamento de dinheiros públicos através da "vaca leiteira do estado" de maõs dadas com o poder financeiro oculto não pararam...a mesa é farta e há muitas bocas para atafulhar com euros e dolars, não estamos surpreendidos.
Estamos às mãos da austeridade cega, gananciosa, políticas europeias que esmagam o povo em nome de uma insensível razão que tudo calcula, que tudo sabe, austera! ESTAMOS TODOS CEGOS.

Hoje quando acordei e me dirigi para o trabalho, que me preparo para perder como tantos de vós, e depois de beijar a minha família e iniciar rotinas, percebi que Portugal estava "suspenso", estamos à espera das 20.00, na TSF ou em qualquer caixa mágica aguardamos pelas palavras de alguém que ditará sentenças..."vendedores de deseperança", crueis verdades ou falaciosas explicações da mentira política tantas vezes repetida que já se tornou numa...quase verdade inevitável: cortar!cortar!cortar!
Mas a pergunta deveria ser: cortar em quê? e porquê?
A sociedade pós moderna, de base capitalista gera riqueza, a preocupação dos governantes e responsáveis económicos deveria ser a justa distribuição dessa riqueza pelo m,érito, pela formação pela capacidade de trabalho. Então o que falhou nesta velha europa?
Ruiu o modelo europeu há muito, porque a distribuição não é mais equitativa, a ganância assumiu a liderança política, a imoralidade é vergonhosa...mas o que é inegável, em Portugal?
Portugal está falido mas os homens racionais que por cá respiram NÃO!
E tudo isto são lágrimas das coisas...há mais vida que palavras que matam a esperança.
Temos tempo para aprender...o diagnóstico é certo, estamos todos cegos mas temos tempo para ser.



Subúrbios...e tudo são lágrimas das coisas (Virgílio)


segunda-feira, 11 de março de 2013

Agrupamento de Escolas de Valdevez
Semana da Ciência e Tecnologia
3,4 e 5 de ABR 2013
 
Venha visitar-nos...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

INFORMAÇÃO EXAMES NACIONAIS 2013

ENSINO SECUNDÁRIO REGULAR (CH)
ENSINO SECUNDÁRIO - CURSOS PROFISSIONAIS

Está a decorrer o período para inscrição nos Exames Nacionais
 
Em anexo envio informações para os EXAMES 2013:
  • Guia Geral de Exames - perguntas e respostas;
  • Norma1/JNE/2013;
  • Calendário;
  • Provas de Ingresso;
  • ...

Informações-Prova Final e lnformações-Exame
Encontram-se disponíveis, para consulta, as informações-exame relativas às provas de exame do ensino secundário das disciplinas trienais e das línguas estrangeiras, a realizar em 2013. http://www.gave.min-edu.pt/np3/409.html

 
SITES:
 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

AS PALAVRAS...

As palavras...somos nós, plurais. (parte 1 - memórias de projetos realizados na comunidade educativa de Arcos de Valdevez)

Este é um pequeno video editado pelo professor de filosofiaTiago Silva que gravou este produto com professores do Agrupamento de Escolas de Valdevez. A iniciativa fez parte do programa de atividades da semana da leitura organizada pela biblioteca escolar e pela rede de bibliotecas, em Março de 2012.
É nossa intenção divulgar iniciativas que contribuam para o aumento da literacia da nossa comunidade, que sensibilizem os nossos alunos para a leitura.   
Em nome da nossa equipa do curso profissional de técnico de apoio psicossocial envio uma palavra de agradecimento a todos os nossos colaboradores, alunos, professores, parceiros sociais e amigos...
- obrigado por acreditarem que a educação pode tocar em todos os sentidos;
- sabemos que somos co-responsáveis pelo futuro;
- sabemos que a escola é a casa onde esse futuro é questionado todos os dias. Obrigado por tornarem possível esse horizonte.
 
 
Visite-nos em:
http://bibliovaldevez.blogspot.pt/
http://valdevezpappsicossocial.blogspot.pt/


 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Valdevez: Vídeo da Semana da Leitura

Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Valdevez: Vídeo da Semana da Leitura

RESUMO DO FILME "Para Além da Alma" (Freud: the secret passion)


"A vida descreve-se em dois planos. Um é o plano reducionista, onde se encontram os átomos, as moléculas, as células, toda a mecânica da vida. O outro plano é semântico. A vida é uma estrutura de informação que se movimenta com um propósito, em que o conjunto é mais do que a soma das partes, em que o conjunto nem sequer tem consciência da existência e funcionamento de cada parte que o constitui."

RESUMO DO FILME "Para Além da Alma" (Freud: the secret passion)

1.     O Filme “Para além da alma” retrata os estudos psíquicos do pai da psicanálise, Sigmund Freud, médico neurologista, da cidade de Viena em 1885. A longa-metragem dirigida por John Huston (1962) demonstra as várias fases da vida de Freud e as suas observações, estudos e tratamentos de pacientes com histeria e neuroses; Freud e Breuer ensaiaram vários métodos de análise, tal como a catarse hipnótica, estudada por clínicos como Charcot (Paris) e Breuer (Viena), ensaios que mais tarde levariam Freud a descobrir o método das associações livres, específico da psicanálise. O filme inicia com Freud encontrando forte oposição em tratar de uma paciente com histeria, num hospital vienense, sob direção de Dr. Meynert, que não acreditava nos sintomas da histeria e imaginava que os mesmos se tratavam de mentiras para fugir das responsabilidades e da realidade. Por isso, Freud afasta-se de Meynert e procura observar a doutrina de Charcot, em relação à histeria, viaja até Paris e observa o método da hipnose. Charcot demonstrou nas suas lições que, a histeria rompia com o princípio médico de que todos os sintomas devem ser de origem orgânica e que, a mente é capaz de controlar mais do que um pensamento de cada vez, imaginou uma mente dividida. No entanto, por sugestão hipnótica sabe-se que podemos alterar comportamentos e sintomas, assim, Charcot verificou que a histeria não tem uma causa orgânica e que os seus sintomas são o resultado de ideias presas na mente dos enfermos. O estado hipnótico não é uma cura mas permite-nos entender, não curar.  

2.     Freud voltou a Viena ansioso por relatar à sociedade médica os avanços a que assistiu sobre a histeria, os pensamentos inconscientes, os traumas de infâncias, o método hipnótico, mas foi ironizado pela classe médica vienense. Os médicos vienenses , retorquiram, aprendem com as experiências fisiológicas, deixam as especulações para os parisienses. Assim, é forçado a associar-se a Breuer, exercendo clínica, juntos iniciam pesquisas sobre a origem dos fenómenos histéricos, chegando aos traumas, às neuroses e à interpretação dos sonhos.
3.     Num dos diálogos entre Breuer e Freud acontece uma descoberta extraordinária: Breuer como que "isolava e abstraia" uma teoria sobre a memória patogénica.  Acontece que “ na teoria de Charcot a mente não se dividia, Charcot estava errado, concluem”, o trauma não divide a mente, simplesmente faz com que a lembrança do incidente saia do consciente, o trauma esconde-a; mas permaneciam dúvidas: “como é que as lembranças inconscientes criam sintomas?”. Ora, os neuróticos caracterizam-se por realizar comportamentos desajustados porque as lembranças inconscientes carregadas de energia emocional/pulsional são descarregadas fisicamente, em acções físicas. Breuer está convencido que as lembranças inconscientes, as que os pacientes descrevem sob hipnose/sono induzido mas que não são capazes de lembrar de modo consciente (vigíl), estão rodeadas de emoções que não encontram uma saída natural através da consciência: “quando estamos tristes, choramos, esse comportamento é observável e normal; quando estamos revoltados, iramo-nos, agredimos até objectos e pessoas, também isso é observável, estes são comportamentos naturais, porque a emoção é descarregada com uma acção física; no entanto, o que acontece se a emoção fica presa? estrangulada? (recalcada) - O fogo não sai, mas fica em combustão e o fumo enche o quarto, o corredor e a casa inteira (mente consciente) até que finalmente sai por uma janela qualquer, é forçoso que o fumo tem de sair para se manter a saúde mental. O sintoma mórbido é apenas uma energia emocional saindo pelo lado errado. Freud pergunta-se, pode haver um mecanismo da mente que a defenda contra lembranças terríveis, intoleráveis? (tal como as glândulas linfáticas fazem contra uma infecção no corpo?)  - como se dá o recalcamento?
     Breuer e Freud constroem uma leitura dinâmica sobre o psiquismo, notável para o seu tempo, incompreensível para a maioria dos outros investigadores: a saúde mental dependerá da gestão pessoal dessas energias, dessas pulsões que se convertem em comportamentos, ideias, lembranças, sonhos, entendimento. O "ego" (EU) vive esta tensão constante: a resolução dos conflitos dá-se quando o sujeito toma consciência dos seus conflitos (por associação livre de ideias), e consegue a superação da crise emocional, da neurose. Freud há-de revolucionar assim a psicologia e desvelar o inconsciente (Id).
4.     Freud avança e formula uma teoria das neuroses, baseada em todos os casos clínicos já tratados e nas auto-análises de si próprio, concluindo que todos os traumas estão ligados à sexualidade (pulsão da líbido). Num sonho descobre a ideia do complexo de Édipo (inspirado pelo conhecimento dos gregos antigos sobre a condição e fragilidade humana), descobre em si mesmo esse complexo ao tentar desvendar o que estava esquecido em relação ao seu pai, percebendo assim, que as neuroses podem surgir logo desde a infância - abre as portas à psiucologia da criança. Freud continua tratando a paciente Cecily, que fora paciente do Dr. Breuer. Abolindo o método hipnótico por opção da própria paciente, Freud leva-a a realizar muitas lembranças através da livre associação, em estado plenamente consciente. A paciente fala dos sonhos e factos da vida, e Freud descobre e certifica-se que pode chegar ao inconsciente mesmo com o paciente em estado consciente, vigíl. Assim, durante uma sessão de Cecily, esta confessa ter sido molestada pelo pai e para silenciar esse facto recebeu uma boneca de presente. Porém, Freud passa a desconfiar do relato da paciente quando percebe que esta ainda guarda a boneca com muito carinho, o que na verdade, deveria ter sido rejeitada por fazer referência ao acto traumático. Freud descobre que a paciente cria uma relação de transferência entre o seu terapeuta Dr. Breuer, e por tal motivo não se deixava hipnotizar, percebe que a posição recalcadora do seu sistema objetal (boneca) que deveria ser de angústia é identificada com o prazer. Então, após estudos do caso Cecily, volta a pensar na sua própria infância para tentando fazer uma ligação àquilo que causou o seu desmaio em frente ao cemitério, na época do enterro do pai. Por causa disso, tem um sonho onde vê a figura da sua mãe que o deixou sozinho para ir dormir com o pai. A criança (freud) sentiu ciúmes porque queria a mãe para si e vê o seu pai como um rival, preso nesta lógica de amor/ódio a criança veio a culpar-se por achar que desonrou o seu pai. Freud está perto de realizar a sua maior descoberta!
5.     Após alguns diagnósticos de estudos, Freud pensa em desistir, mas a sua esposa incentiva-o relendo um dos seus apontamentos, que dizia:
"O progresso é como o andar, consegue-se perdendo e ganhando equilíbrio. É uma série de erros... de erro em erro acaba-se descobrindo a verdade".
Freud lembra que havia escrito uma vez: "...o falso é às vezes a verdade de cabeça para baixo". Descobre que no universo da fantasia pode estar a realidade. Quando a sua paciente Cecily dizia que o pai a havia molestado, na verdade ela é que queria possuir o seu próprio pai. Uma fantasia transportada para a fase adulta, que não sendo trabalhada, tornou-se um recalcamento, uma ideia poderosa presa na mente da jovem capaz de gerar os seus comportamentos móbidos, a sua neurose. Freud muda a sua teoria, “vira-a de cabeça para baixo”, chegando à conclusão assustadora para a época, de que a criança também tem os seus instintos sexuais desde que nasce, suprindo as suas necessidades alimentares com o leite materno e a satisfação da sua sexualidade em sugar o seio da "mãe". A mãe ou quem cumpre essa função, é o primeiro objeto de desejo da criança; nascia uma nova concepção da criança, a psicossexualidade existe desde a infância, e Freud afasta-se amplamente do pensamento do seu tempo.


 6. Freud após anos de estudos resolve publicar as suas análises sobre a sexualidade infantil e submeter os seus conhecimentos aos colegas do Conselho de Neurologia e Psiquiatria de Viena. Esta decisão foi reprovada até por Breuer que considerava Freud como um filho, Breuer proíbe-o de avançar com tais estudos. Freud resiste dizendo: "chega uma hora em que se deve renunciar a todos os pais e avançar sozinho". Na sua palestra no "Conselho de Neurologia e Psiquiatria de Viena", Freud começa frisando como na "Idade da Inocência" a criança não tem consciência sexual, porém começa a descrever a fase oral, a primeira. Os médicos começam a retirar-se indignados, revoltados, aos poucos, mas Freud continua a falar dos desejos da criança, do complexo de édipo, cita o mito grego do Rei Édipo e conclui que cada ser humano tem esse desafio, de se confrontar com o seu próprio complexo e de superá-lo - "os gregos antigos demonstraram conhecer estas verdades" - se conseguir superar o complexo torna-se um ser humano completo, equilibrado, se não tornar-se-á um neurótico, condenado a “vagear cego e sem lar”. Quando um dos médicos do conselho pede a palavra e pergunta ao Dr. Breuer se ele concorda com a sexualidade infantil apresentada por Freud, Breuer defende o amigo, dizendo que ele é um dos melhores, no meio médico não há profissional mais diligente, mas que jamais poderia concordar com a teoria da "Sexualidade Infantil". Já no final do filme, Freud caminha lentamente, consegue ultrapassar o muro do cemitério, chegando até a lápide do seu pai, derruba medos, e avança no desconhecido. Assim, termina o filme com uma mensagem e uma pergunta que fora escrita no templo de Delfos, há mais de 2000 anos atrás: "CONHECE-TE A TI MESMO" - "Contra o mais velho rival do homem, a vaidade. Este aforismo é o início da sabedoria. É uma esperança de vitória. Este conhecimento está agora ao nosso alcance. Será que o usaremos?". A psicanálise revelou o inconsciente do homem e como ela o iluminou.