quarta-feira, 29 de maio de 2013

William Shakespeare...



Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

... Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!
William Shakespeare



Uma excelente escolha de palavras, de poesia que são sempre palavras "in illo tempo", a poesia fala do começo dos tempos, da sensibilidade e da nossa humanidade inteira. Obrigada prof Branca 

Porque já só faltam 7 dias...e o mundo parece cair aos pedaços!

http://www.youtube.com/watch?v=XTb9GNIxpMk

Cronograma das atividades do 12I da próxima semana, em articulação com a FCT


Novidades



Cronograma de estágios para a semana de 03/06 a 07/06 - situação excecional 12I

Tiago Silva <tiagus.prof@gmail.com>
11:59 (há 3 horas)


de: Tiago Silva <tiagus.prof@gmail.com>
para: valências de FCT e orientadores de projetos PAP
data: 29 de Maio de 2013 às 11:59
assunto: Cronograma de estágios para a semana de 03/06 a 07/06 - situação excecional
  


 
Professor Joaquim Cunha Velho, vice-presidente da CAP,
Dra Diana Cerqueira, diretora da Associação Juventude de Vila Fonche,
Dra Carolina, Lar Vilagerações
Dra Sónia Oliveira, Lar Soares Pereira,
Enfª Vânia Afonso, UCC SCM Arcos de Valdevez,
Dr Nuno Soares, diretor Casa das Artes  Arcos de Valdevez,
Dra Dores Pereira, diretora lar idosos SCM Ponte Lima,
Educadora Ana Rita da Creche e Jardim de Infância do CSP Arcos de Valdevez,
Professor Carolina, Vital e Educadora Teresa, EB Távora,
Professora Regina Azevedo, BE do agrupamento,
Bom dia,
dirigo-me a todos os monitores e responsáveis das entidades de FCT da turma 12I do curso de apoio psicossocial, e também ao presidente do júri dos projetos PAP (prof Cunha Velho)
Bem sei pelos diálogos que mantenho com os nossos alunos e alunas que as formações decorrem sem problemas. Muito obrigado pela vossa dedicação a este serviço.
Peço-vos compeensão, não me tem sido posssível visitar-vos com regularidade nesta fase de ajustamento dos estágios, por razões profissionais, mas na próxima 6ª feira, dia 31/05 passarei pelas valências de FCT e convosco farei um balanço da situação.
Por agora faço-vos dois pedidos urgentes:
1 - é necessário até 31/05, que é esta 6ª feira, fazer um balanço, uma contabilização das horas de FCT já realizadas, é possível a partir das folhas de assiduidade controlar as horas realizadas e assinalar a data de conclusão da FCT, apontada para 1ª ou 2ª semana de Julho.
2 - envio agora DOIS DOCUMENTOS (cronograma de Alice) que definirá os trabalhos da semana de 03 a 07 de Junho, uma semana muito ESPECIAL PARA TODOS OS NOSSSO ALUNOS. Porquê?
As formações profissionais no ensino secundário decorrem ao longo de 3 anos, pelo que este ano é o ano de conclusão do curso de apoio psicossocial.
Assim os alunos realizam a defesa de um projeto que construiram ao longo de dois anos: ora, considerando os alunos da turma 12I, a turma apresentará na próxima semana um teatro musical, para o qual vos convido desde já:



CONVITE


O Curso Profissional Técnico de Apoio Psicossocial convida toda a comunidade escolar do Agrupamento de Escolas de Valdevez a assistir ao Teatro Musical ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, a realizar-se nos dias 7 e 8 de Junho de 2013, pelas 22h.00, no Auditório Principal da Casa das Artes de Arcos Valdevez. Encenação e texto adaptado por José Barros, direção musical a cargo de Tiago Silva, coreografia de dança contemporânea sob a responsabilidade do bailarino Carlos Silva.

Preço do bilhete: 2 euros


Os Coordenadores do Projeto

Tiago Silva e José Barros




Assim, precisamos da vossa colaboração para disponibilizar horas para os ensaios e a preparação devida destes momentos de trabalho dos nossos alunos na casa das artes (ver anexo cronograma de ensaios e atuações).
Estes teatros musicais representam as provas de aptidão profissionais de cada aluno da turma, esta defesa pública de competências é obrigatória e entegra a formação. QUERO PEDIR-VOS QUE PENSEM EM CONTABILIZAR ESTAS HORAS DE ENSAIOS/ATUAÇÕES NOS PERÍDOS DA MANHÃ (DE 3ª, 4ª, 5ª E 6ª) COMO HORAS DE FCT EFETIVAS.
Recordo que, a data de início da FCT intensiva e em horário contínuo de 7 horas dia/5 dias por semana será a 3 de Junho, decorrerá ao longo de 5/6 semanas até no máximo o dia 12 de Julho, conforme adaptações de alguns alunos se necessário.o plano de formação está definido desde o ano passado e foram atualizados em função do plano de atividades corrente.
A duração da FCT já realizada no ano anterior (11º ano) foi de 175 horas.
A duração da FCT prevista para o 12º ano é de 245 horas .
Total da formação FCT: 420 horas
anexo também a fundamentação destes projeto PAP, se quiserem consultar
atenciosamente,



--



Professor,
Tiago Alexandre Silva

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segunda-feira, 27 de maio de 2013

A palavra a César Israel Paulo....Os professores contratados (a termo), a escola pública e a ação sindical



A Palavra a...
César Israel Paulo Porto, 1976. Licenciado em Artes Plásticas - Escultura (FBA.UP) e pós-graduado em Direção Artística (ESAP). Professor do ensino público desde 1999, tendo desempenhado várias funções no âmbito da gestão escolar/pedagógica. Formador de professores. Colaborador em diversos jornais, e revistas, nas áreas da coordenação editorial, redação e fotografia. Fundador do Movimento pela Vinculação dos Professores Contratados. Presidente da Associação Nacional dos Professores Contratados (ANVPC).
Os professores contratados (a termo), a escola pública e a ação sindical
César Israel Paulo | 24-05-2013
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Este sangue novo, estes indivíduos geneticamente preparados para a incerteza do mundo e do mercado laboral, vêm desenvolvendo um papel essencial numa escola pública, que, cada vez mais, deve ser capaz de preparar um público para a indecisão do futuro e para a excelência do conhecimento.
Muitos dos portugueses e portuguesas, escutam, ano após ano, na comunicação social os problemas dos professores contratados (a termo) do Ensino Público português, embora, muitos deles, não entendam a profundidade das dinâmicas associadas a esta problemática. Passarei, rapidamente, a explanar algumas delas.

A escola pública portuguesa, como serviço público de educação, tem contratado, ano após ano, dezenas de milhares de professores contratados . Estes indivíduos têm sido o deleito de centenas de diretores de escolas e agrupamentos, uma vez que se trata de um corpo docente altamente qualificado, dinâmico e muito disponível para o desenvolvimento de projetos, quer em período de trabalho, quer mesmo fora dele (noites, fins de semana, interrupções letivas, etc.) Vejamos ainda que se trata de um grupo de professores que vem também construindo uma excelente e salutar relação com os seus alunos, de onde advêm relações pedagógicas fortalecidas e um incremento suplementar no processo de ensino/aprendizagem. Atente-se ainda que este grupo de professores foi já apelidado pela tutela como o verdadeiro exemplo de mobilidade na função pública, já que vêm ocupando milhares de lugares, quer nos mais recônditos locais do território nacional e regiões autónomas, assim como horários com um pequeno número de horas, sujeitos e condicionalismos laborais a que poucos indivíduos, e classes, estariam sujeitos. Este sangue novo, estes indivíduos geneticamente preparados para a incerteza do mundo e do mercado laboral, vêm assim desenvolvendo um papel essencial numa escola pública, que, cada vez mais, deve ser capaz de preparar um público para a indecisão do futuro, para a excelência do conhecimento, e para a humildade de que um indivíduo se deverá ver impregnado, para aceitar a sua insignificância num vasto campo do conhecimento sem limite.

Nessa medida, o despedimento massivo de professores contratados, verificado no ano transato, foi uma dura facada à qualidade do sistema educativo português. A dispensa de mais de 15 000 docentes contratados deixou as escolas vazias dessa jovialidade, que por si só incendiava mesmo os corpos mais maduros, e dava uma luz especial a muitos projetos.

Denote-se, no entanto, que o Governo de Portugal, que dia após dia tem aplicado machadadas violentas aos mais basilares pilares de uma educação democrática, parece ainda não satisfeito com a dispensa referida, com esse verdadeiro massacre educativo e profissional. Segundo as mais recentes notícias parece preparar-se para mais um genocídio de professores contratados, sem quaisquer remorsos, sem qualquer complacência, retirando à escola pública profissionais dedicados e que sempre cumpriram com rigor e altruísmo o seu serviço (muitos deles em contratos sucessivos, precários, há mais de 10, 15 ou 20 anos) e violando diretivas internacionais de direito à estabilidade laboral. Caso tal redução extraordinária venha, de novo, a verificar-se, estaremos diante de mais um momento de delapidação do serviço público de educação, um serviço público que nos últimos anos dispensou mais de 30 000 docentes, um serviço que ano após ano vem sofrendo cortes massivos, diminuindo a sua qualidade. Que modelo de escola teremos para os nossos filhos, para os nossos netos...?

No meio desta panóplia de movimentos e sentimentos, o que têm feito os sindicatos de professores pelos docentes contratados, nomeadamente, nos últimos anos? Sim, especificamente pelos professores contratados? Que ideias veiculam sobre a precariedade destes profissionais, que propostas apresentam para a resolução dos seus problemas e o que defendem sobre o seu futuro na escola pública portuguesa? E, vice-versa, que apoio vêm dando este grupo de professores às suas estruturas sindicais? Em que momento, lado a lado, têm travado a luta em defesa dos seus postos de trabalho e da qualidade do serviço público de educação?

Pois, da análise destas condicionantes, avizinha-se, quanto a mim, um verdadeiro problema - o da própria sustentabilidade destas organizações sindicais, a sua sobrevivência futura. Passo a explicar.

Ao não se reverem nas ações das suas estruturas sindicais, que na negociação dos últimos normativos legais "suspenderam" o modelo de equidade na classe (nomeadamente nos pontos normativos do concurso interno, decorrentes do concurso de vinculação extraordinária, remetendo este grupo de docentes para uma última prioridade concursal) não se associam a estas organizações, não pagam as suas quotas, não participam nas suas atividades. Nessa medida, grande parte destas estruturas sindicais sobrevivem certamente com a quotização dos docentes do quadro (contratados sem termo) e de alguns reformados.

No campo de ação sindical também é verdade que os professores contratados têm aderido muito pouco às ações desenvolvidas pelos seus sindicatos, não demonstrando, salvo raras exceções, proatividade dentro destas estruturas, quando lhes é permitida a entrada para os corpos sociais das mesmas.

Nessa medida, e apesar de inicialmente os professores contratados serem considerados o elo mais fraco de todo o sistema educativo, a sua continuidade laboral é crucial para a qualidade do mesmo, para a dinâmica do mesmo, e para a própria imagem refrescada do mesmo. Ostracizar os professores contratados é ostracizar a escola pública e os portugueses. Ao não desenvolverem ações de luta específicas em prol dos problemas dos professores contratados, os sindicatos e federações de educação estarão a promover a sua morte lenta, em banho-maria. Deixar cair ações de luta transversais a todos os professores portugueses, quando apenas interesses de parte da classe poderão vir a ser negociados, seria uma machadada final na legitimação e dignificação das estruturas sindicais junto dos professores contratados ...

É tempo de todos refletirem sobre estas questões: federações, sindicatos, professores, Ministério da Educação e Ciência, e, acima de tudo, todos os portugueses.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Bom dia, neste esforço de completarmos as nossas formações com qualidade e rigor científico, deixo cá mais algumas leituras para finalizarem os vossos trabalhos de pesquisa, algumas áreas de interesse para a saúde mental, saúde comunitária, juventude e saúde, educação, e temas filosóficos para vos levar a pensar na nossa era contemporânea.
 
1. algumas sugestões de sites da área da saúde:
 
OMS _ organização mundial de saúde
AMI - assistência médica internacional
 
Associações médicos PT
2. http://www.amnistia-internacional.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=200&Itemid=32
Aministia internacional, documentação, recursos pedagógicos...direitos humanos
3. Site http://afilosofia.no.sapo.pt/
Prof Carlos Fontes, Ensino, programa do 10º ano, 4. Temas/Problemas do Mundo Contemporâneo

As sociedades contemporâneas herdaram e criaram novos problemas de natureza ética que não nos podem deixar indiferentes. Podemos dividi-los em dois grandes grupos: os decorrentes das consequências provocadas pelas actividades técnicas e científicas e os que emergiram das novas formas de organização e convivência social à escala planetária.
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Problemas ligados às actividades tecno-científicas
A ciência e a técnica, desde o século XVII, permitiram à humanidade realizar enormes progressos, nomeadamente no controlo e exploração da natureza. As suas descobertas e invenções moldaram as nossas sociedades actuais. Para o bem e para o mal. Muitas aplicações se por um lado permitiram minorar o sofrimento humano, por outro, contribuíram também para aumentar a capacidade destrutiva dos aparelhos militares ou a degradação da vida na terra. As suas implicações morais são por demais evidentes para que as possamos ignorar.
Continua a ser frequente encarar-se a ciência e a técnica como neutrais. Um cientista ou um inventor teria apenas um único compromisso e pelo qual teria apenas responsabilidade: Descobrir tudo o que pode ser descoberto. Experimentar tudo aquilo que pode ser experimentado. No século XX muitas descobertas e experiências levadas a cabo, mostram que não era possível continuar a sustentar o princípio da neutralidade da ciência e da técnica:
a) A ciência e a técnica estão hoje, em muitos domínios, claramente ao serviço das estratégias do poder ou do aumento dos lucros das multinacionais.
b) Muitas experiências científicas tem assumido formas condenáveis ao reduziram seres humanos a meras cobaias.As experiências realizadas durante a 2ª. Guerra Mundial, nos campos de concentração alemães,estão longe de constituírem casos isolados.
Uma das questões que está hoje em causa, não é apenas a da responsabilidade moral dos cientistas e inventores, mas também a necessidade de se estabelecerem limites para as experiências científico-tecnológicas.
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Bioética Manipulação Genética Inseminação artificial Clonagem
Eutanásia Aborto Trans-sexualidade
Os Grandes Progressos das Ciências Médicas
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Novos e velhos problemas humanos
Imigração Tráfico de Seres Humanos Racismo
Guerras "Justas Terrorismo Direitos Humanos
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O Futuro da Humanidade em Risco
4. http://afilosofia.no.sapo.pt/artecont.htm
ARTE CONTEMPORÂNEA,
Arte Contemporânea
A arte no século XX apresenta para um observador distanciado uma sucessão algo caótica. Todos os conceitos que serviram de base à apreciação e criação das gerações anteriores foram sistematicamente postos em causa, e pouco depois acabaram por ser recusados ou ultrapassados pelos artistas. Na arte como na imaginação não existem limites, parece ser a primeira ideia que os artistas têm procurado transmitir.
O nosso percurso centra-se nos movimentos artísticos que evidenciaram a ruptura com os conceitos tradicionais da arte, colocando pela primeira vez a questão do fim da estética.
Os primeiros surgem num período histórico em que a Europa sofre enormes convulsões que irão conduzir á I Guerra Mundial (1914-1918), e depois aos primeiros regimes autoritários que abrem uma ruptura com os sistemas políticos anteriores, o Comunismo na União Soviética (1917) e o Fascismo na Itália (1921).
BRAQUE, La Mandore, Paris, fin 1909
Picasso, Três Músicos (1921)
O Cubismo surge em França, por volta de 1908-1909, envolvendo artistas como Pablo Picasso, George Braque, Jean Metzinger, e mais tarde, Juan Gris. Caracteriza-se por abrir uma ruptura com com a ideia da pintura como imitação da realidade. Os artistas libertaram-se dos sistemas tradicionais de representação, no qual os objectos tinham apenas uma única forma, aquela que era determinada pela posição frontal do pintor e do espectador. Com o cubismo, os objectos são representados em tantos planos ou perspectivas quantos os artistas considerem significativos para os apreenderem. O resultado final são composições, muitas vezes abstratas.
Duchamp, Roda de Bicicleta (1913)

Dadaísmo surge em plena Guerra(1916), assume-se como um movimento de ruptura com todas as formas culturais do passado. Insurge-se contra a separação entre a arte e a vida. Neste sentido, eleva á categorias de obras de arte, simples objectos quotidianos. Proclama que na arte deve ter lugar tudo aquilo, onde pulse a própria vida nas suas formas mais imediatas. "A palavra DADA simboliza a relação mais primitiva com a realidade ambiente; uma nova realidade se revela com o Dadaísmo. A vida surge como um conjunto simultâneo de ruídos, de cores e ritmos espirituais, que são transferidos sem alteração para a arte dadaísta, com todos as febres da sua audaciosidade quotidiana e toda a sua brutal realidade" (in, Manifesto DADA, Berlim, 1920).
Marcel Duchamp materializa de forma notável estas ideias nos ready-made, objectos comuns elevados à categoria artística, o que implicou um ataque frontal ao próprio conceito de obra de arte. O primeiro ready-made, data de 1913, e era constituido por uma roda de bicicleta colocada em cima de um tamborete. O artista deixa de ser um criador, para passar a ser uma espécie de sacerdote. A sua tarefa é recolher e seleccionar objectos em seu redor, consagrando-os depois como obras de arte.
Max Ernst, L'angelo del focolare ( 1937 )
Magritte
O Surrealismo começa a ser teorizado em 1924, por André Breton. Nos seus escritos defende o sonho, e as visões alucinadas, como uma forma de conceber a realidade, tão válida como o pensar e o sentir controlados pela razão. A psicanálise de Freud inspirou profundamente este movimento artístico, onde se destacaram artistas como Max Ernst, Salvador Dali e Magritte. O objectivo do sistema figurativo tradicional é completamente invertido, em vez da realidade exterior, o artista procura expressar o seu mundo interior, nomeadamente através de uma pintura ou escrita "automática" ou a representação mais elaborada dos seus sonhos.
Víctor Vasarely
Liberto dos constrangimentos anteriores na representação dos objectos, a Op Art, iniciada por Víctor Vasarely, nos anos cinquenta, dedica-se a experiências de modelação de formas criando por vezes verdadeiros "alfabetos" que se combinam no espaço, produzindo efeitos ópticos com um ilusório dinamismo.O que caracteriza esta arte é a sua capacidade de produzir a sensação de movimento. As obras são criadas de modo a serem vistas no seu conjunto, eliminando a ideia de um espaço centralizado.O observador tem então a impressão de cintilações, deslizamentos de formas que se contraem e expandem, rotações, aparecimentos e desaparecimentos de figuras, sem que o olhar possa fixá-los no espaço. O espectador nos quadros em relevo tem que se deslocar para descobrir os diferentes temas, evidenciando-se desta forma a simultaneidade dos acontecimentos reais.
A arte conceptual, também denominada "arte da ideia", saída de um ensaio de de Henry Flynt, justamente intitulado "Concept Art" (1961), culmina todo um percurso de transformações na arte contemporânea que começou no Dadaísmo.
Prosseguindo a ruptura com os suportes tradicionais que se vinha fazendo em todos os movimentos artísticos depois da IIª. Guerra Mundial (1939-1945), artistas conceptuais recusam a própria realização material da obra de arte, colocando em seu lugar ideias e projectos ainda em esboço. Procuram desta forma estimular a imaginação dos espectadores, juntando muitas vezes indicações precisas para a reflexão ou acção. Esta arte situa-se frequentemente ao nível de problemáticas filosóficas, nomeadamente no âmbito da teoria do conhecimento. Dada a natureza deste tipo de arte, o que frequentemente destas intervenções subsiste são documentos gráficos onde os artistas registaram as suas ideias ou projectos ou ainda as fotografias onde fixaram momentos das suas encenações.
Henry Flint, 1963. Teórico da Arte Conceptual
John de Andrea, Mulher Sentada (1972)
Reagindo contra as formas abstratas ou informais da arte, e nomeadamente contra a arte conceptual que havia desmaterializado a própria arte, o Hiperrealismo surge nos anos sessenta, como um novo retorno à pintura e escultura realista. Não se trata todavia agora de representar a realidade de uma forma ilusória, mas de provocar um novo olhar no espectador sobre a própria realidade. "Mais verdadeiro que o real" ou "tudo é como é, e no entanto é distinto no modo como nos aparece", são dois dos lemas deste movimento.
Robert Smithson (1970)
A Land Art nasceu em 1967, e prosseguiu também a ruptura com os objectos. Os espaços naturais, as paisagens alteradas industrialmente converteram-se em material de configuração artística. Os artistas deixam de utilizar a paisagem, por exemplo, como um fundo decorativo de uma escultura, para transformarem os próprios espaços naturais em verdadeiros objectos artísticos.Estes criadores aceitam como com elemento constituitivo da própria obra, elementos tão aleatórios como a chuva ou o vento. A obra só termina quando se degrada por completo. Estas mutações dos espaços podem atingir grandes dimensões, como a que realizou Robert Smithson, em 1970- Molhe Espiral-, no Grande Lago Salgado, em Utah (EUA).
 
A partir dos anos 60 a clássica divisão da arte em função dos diferentes meios expressivos - pintura, escultura, vídeo.. - deixa de fazer sentido. Os artistas procurando uma multi-sensorialidade, produzem obras onde utilizam uma multiplicidade de meios expressivos, como pintura, música, teatro, vídeo, dança, poesia...As Instalações, a Performarte e a Arte de Envolvimento e Participação têm vindo a adquirir um espaço próprio.As Instalações são montagens multimedia, onde o artista recorrre a meios como a fotografia, escultura, o video ou o computador. Uma das suas caracteristicas mais evidentes é o recursos à diversidade de materiais de modo a provocar uma percepção multissensorial (tactil, olfativa, visual...). No desenvolvimento natural da arte conceptual, as instalações são também intervenções reflexivas que a partir da transfiguração dum dado espaço nos interpelam.
A Performarte, tradução portuguesa de Performance que em inglês significa "execução", resulta da especialização da Body Art, onde o corpo é utilizado como meio expressivo num determinado espaço ou envolvimento, mas sem as intenções estéticas exploradas por exemplo, no ballet. Prosseguindo objectivos estético-expressivos, o artista pode mutilar-se ( Gina Pane ), suicidar-se (Schwarkorgler, 1969), ou assumir a sua própria vida como como arte ( J. Beuys).
A Arte de Envolvimento e de Participação (environnement), trabalha sobre a concepção de um espaço tridimensional onde se criam obras do imaginário artístico.Nesta arte procura-se quebrar as barreiras entre o espectador e a situação, levando o primeiro a abandonar-se ao espaço que o envolve, interagindo com ele.
Neste breve percurso a grande constante da arte do século XX, parece ser a reflexão sobre a própria arte. Os artistas não tem parado de questionarem os seus próprios conceitos e dicotomias que sustentaram a linguagem artística durante séculos: representação / realidade; ideia/forma; obra de arte / objecto quotidiano; arte / vida; razão / emoção; mundo exterior / mundo interior; criador / espectador; forma / fundo; superfície / suporte...
Nestas pesquisa laboriosas, a "arte" tornou-se uma reflexão actuante sobre o próprio sentido que enforma o mundo. A significação que desponta em cada gesto, cada objecto.
Por fim, podemos ainda concluir que embora as influências locais estejam sempre presentes na arte, actualmente fruto de uma globalização incontornável, os artistas seguem maioritariamente ideias e estilos internacionais
Carlos Fontes
Toda a informação do site do prof Carlos é excelente.
Boas leituras

quinta-feira, 23 de maio de 2013


Orientações para PAP - tema das relações amorosas e sexualidade, comportamentos de risco e educação sexual juvenil

Leituras agradáveis a partir de sites credíveis.
 
 


 
http://juventude.gov.pt/SaudeSexualidadeJuvenil/Sexualidade/NossoCorpo/Paginas/Afisiologiadasexualidade.aspx
Saúde e Sexualidade Juvenil


A Fisiologia da Sexualidade A Fisiologia da Sexualidade
A sexualidade


Os estudos sobre os processos subjacentes à fisiologia da sexualidade e à compreensão dos mecanismos nela implicados têm conhecido um acréscimo significativo ao longo dos últimos anos.
A fisiologia da sexualidade relaciona-se com os processos que dão origem às alterações físicas mediante determinados estímulos. Para uma resposta sexual adequada, é necessário que exista uma boa harmonia entre fatores físicos, psíquicos emocionais e afetivos mas aqui abordar-se-ão, sobretudo, as questões fisiológicas.
A nível físico, a resposta sexual humana é uma sucessão ordenada de ocorrências fisiológicas cujo objetivo é preparar os corpos para o encontro amoroso. Para que o ato sexual aconteça é necessário que os órgãos sexuais sofram transformações profundas do seu estado de repouso, na forma e na função. Estas transformações não se limitam somente à área genital.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) (2001:8) lança um conceito de sexualidade muito interessante: “A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental”.
Fatores Físicos:
  • Fatores Vasculares (sistemas arterial e/ou venoso) – por exemplo, a ereção resulta da entrada de sangue nos corpos cavernosos do pénis, fazendo-o passar do estado de flacidez à ereção; também o aumento do tamanho do clitóris na mulher está relacionado com fenómenos vasculares;
  • Fatores Neurológicos - por exemplo, os centros cerebrais enviam os impulsos necessários para que se desencadeiem as reações hormonais e o aumento do fluxo sanguíneo na pélvis;
  • Fatores Musculares - por exemplo, as contrações rítmicas e involuntárias que se manifestam na resposta sexual devem-se a alguns músculos que participam ativamente quer na ereção ou na ejaculação no homem quer na fase do orgasmo da mulher, onde se verifica uma contração mais forte dos músculos da vagina.
  • Os fatores hormonais afetam com alguma intensidade o funcionamento de todo o corpo, despoletando a excitação e o desejo sexual, ou seja, a vontade de ter relações, tanto no homem como na mulher.
É fácil compreender que qualquer alteração a um destes níveis pode comprometer a resposta sexual em ambos os sexos.

Por outro lado, o equilíbrio psicológico é fundamental: a ansiedade, a tensão, a depressão, problemas interpessoais, podem ser um “inimigo” para uma resposta sexual adequada.

Fazer amigos… Como?
O desejo de ser aceite e admirado pelos outros assume, frequentemente, uma grande importância para a própria pessoa.

Cada um tem a sua forma de se exprimir. Tudo depende da própria pessoa, do momento, do assunto. Deves por isso tentar encontrar um momento especial para te aproximares de alguém que gostas e/ou simpatizas, seja através de um telefonema, carta, e-mail, sms ou mesmo pessoalmente, com a ajuda de um amigo/a em comum...

Podes iniciar uma conversa através de um tema simples ou geral, como um evento na escola ou na zona onde vivem, uma banda de música, sobre revistas ou qualquer outro interesse que possuas (cinema, desporto, outros). Podes elogiar ou dizer que gostavas de o(a) conhecer melhor, enfim, tentares de forma natural estabelecer uma aproximação.

Depois, a comunicação não verbal, como o olhar e o sorriso, irão ajudar-te a compreender se há uma empatia do outro lado ou não. Mas se não tentares nunca irás saber se valeu a pena. Se ninguém der o primeiro passo, nunca vão saber. As amizades crescem, modificam-se e podem ou não acabar. Não são sempre iguais...

Pode acontecer a tua/teu amiga/o ir viver para outra localidade ou o/a teu amigo/a que se apaixonou estar mais tempo na companhia da namorada/o.

O teu conceito de amizade pode ser bem diferente do conceito dos outros. Daí surgirem expectativas de um lado e do outro que podem ser diferentes! É preciso tempo para se perceber isto tudo. Importa não desistir à primeira dificuldade.

Aos/às teus/tuas amigos(as) também é importante dizer não, quando sentires que é necessário. Ser livre, independente e autónomo é também saber dizer que não concordas, que não farias assim, que não estás disponível para isto ou aquilo. Os teus/tuas amigos(as) vão compreender e aceitar-te cada vez melhor se souberem como tu és, verdadeiramente.



No teu grupo de amigos(as) sentes-te bem. Com eles/elas és livre e sentes que estás protegido(a). A tua autonomia é outra, diferente da que tens em casa. Sentes-te geralmente, seguro(a), longe dos olhares dos teus pais. Outras vezes, as coisas não são tão simples, há desafios que te são propostos. Os(as) amigos(as), o grupo em si, testa-se mutuamente.

Por vezes, sentes que és levado(a) a fazer algumas coisas que não desejas, só para agradar alguém ou ao grupo. Num grupo de amigos(as), não és obrigado(a) a falar daquilo que não sabes e mostrar um ar conhecedor quando afinal estás cheio de ansiedade. A confiança é importante!

A maior parte dos rapazes falam menos acerca dos seus sentimentos do que as raparigas. E não é por falta de vontade, mas porque os obstáculos vêm de longe. Desde muito pequenos que ouvem dizer: “Mostra que és homens!” o que muitas vezes significa: “esconde os teus sentimentos”. Mas eles existem e estão lá, os sentimentos, bem reais e por vezes faz mal é não os expressar!

Por outro lado, no grupo das raparigas isto acontece menos. Andam muito aos pares, falam de tudo! Mas a amizade também pode estar sujeita a algumas provas… É comum haver um grande distanciamento quando um(a) amigo(a) arranja namorado(a). Nessa altura, podes sentir-te mais abandonado(a). É normal quando duas pessoas estão muito apaixonadas focarem-se muito uma na outra e ser amigo também é saber aceitar.

Contudo, podes partilhar que sentes falta e saudades dele/dela. Como se costuma dizer, a conversar é que as pessoas se entendem. Não devemos ter ou esperar exclusividade sobre os(as) nossos(as) amigos(as); eles/elas podem ter outros(as) amigos(as) ou um amor especial. Aceitar isto é crescer, construir uma amizade que pode durar muitos anos.


Antes de te apaixonares ou de sentires amor parece que não consegues controlar a tua impaciência, o teu desejo de que alguém apareça e te “arrebate”, te deixe nas nuvens! Mas o amor não se encomenda! Aparece sem data marcada!

Há muitas formas de definir o amor. Tantas quantas as pessoas que o sentem! No entanto, é consensual que o amor é um conjunto de sentimentos e não um só. Esses sentimentos levam-nos a apreciar outra pessoa como alguém muito especial, com quem nos preocupamos mais do que com a maioria das pessoas que conhecemos. Uma maneira de distinguirmos o amor apaixonado do amor por um amigo(a), pode ser o desejo e/ou a atração sexual.




Quando nos apaixonamos por alguém começamos a sentir uma sensação diferente. Pode começar com uma sensação de angústia e de insegurança constante. Ao veres a pessoa de quem gostas sentes como se tivesses “borboletas na barriga” ou um aperto no peito sempre que recebes um e-mail ou um sms e o teu coração acelera.


Dizemos coisas que não nos “saem bem” e coramos quando recebemos um elogio ou um “piropo” da pessoa por quem nos estamos a apaixonar.
Adormecemos a pensar na pessoa. Quando acordamos, lá esta ela ou ele na nossa cabeça! Sorrimos ou ficamos ansiosos a pensar se a(o) vamos ver, quando, onde, como, o que vai acontecer?! O apetite, habitualmente, diminui e fantasiamos e imaginamos muito as situações. Fazemos coisas que nunca tínhamos julgado ser capazes de fazer.

Resumidamente, quem vê de fora uma pessoa que está apaixonada parece-lhe que está “no mundo da lua” e a “flutuar a dois palmos da terra!”

…Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem a estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante nem mil alto-falantes vão poder
Falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver, mas o relógio ta de mal.
Comigo por que?
Por que?
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver, mas o relógio ta de mal
Comigo!

“Sou Eu Assim Sem Você”
Adriana Calcanhoto

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boas leituras