quinta-feira, 23 de maio de 2013


Bom dia, continuamos a publicar as orientações para projetos PAP.
Recordo que o projeto psicossocial nas artes - entre o sonho e a realidade - centra-se em temas e conceitos estruturantes do guião dos dois teatros musicais desenvolvidos ao longo deste ano letivo:
- em "Alice no país das maravilhas" representado pelos alunos do 12I que subirá a cena no auditório da casa das artes nos dias 07/06 (6ª feira) e 08/06 (Sábado) às 22.00
- e no "Bar das Luzes" representado pelos alunos do 12H que subirá a cena no auditório da casa das artes no dia 14/06 (6ª feira) às 22.00

Assim, cada aluno desenvolveu a sua personagem num trabalho de cooperação importante e em estreita ligação com o perfil de competências essenciais definido para este curso profissional: as orientações dos projetos demonstrarão ORGANIZAÇÃO, COOPERAÇÃO E DECISÃO, INICIATIVA, EXPRESSIVIDADE, EMPENHO E MATURAÇÃO INTELECTUAL.


TEMA: distúrbios do comportamento alimentar

http://saude.sapo.pt/saude-medicina/medicacao-doencas/doencas/anorexia.html


Anorexia

O que é?

Quem mais precisa de ajuda são os jovens, quase sempre raparigas, mas a família também sofre e muito. Por isso, é essencial informar os pais.
Uma família esclarecida é fundamental para o sucesso da terapia destes distúrbios alimentares. Porque um erro, ainda que involuntário e cheio de boas intenções, pode deitar por terra todos os esforços médicos para devolver o equilíbrio às anorécticas ou bulímicas.
O que os pais precisam de saber, antes de mais, é que a anorexia e a bulimia são tentativas - pouco eficientes e altamente destrutivas - para resolver os problemas da adolescência.
As jovens que impõem a si próprias dietas compulsivas estão normalmente a tentar enfrentar ou evitar alguns dos complexos desafios da transição da infância para a idade adulta, mas não dominam as técnicas adequadas.
Tanto a anorexia como a bulimia estão relacionadas com pressões sociais que sobrevalorizam excessivamente a magreza. O uso da comida e o controlo do peso são um meio de lidar com crises de desenvolvimento e angústia emocional.

Manipulação dos alimentos
Os valores da anoréctica e da bulímica são semelhantes: ambas avaliam o corpo em função do peso e da forma, se bem que a primeira tenha preferência pela magreza extrema e a segunda fique satisfeita com um peso ligeiramente abaixo da média.
Por diversas razões, descobrem a manipulação dos seus hábitos alimentares como uma solução, que, infelizmente, resulta em muitos sentidos: chama a atenção, põe a família em sentido e dá azo a que seja a adolescente a ditar as regras.

Esta comparação não é feita com ligeireza. Pertence à autora norte-americana Katherine Byrne, que depois de uma experiência de vida conturbadíssima, mercê de uma filha que desenvolveu uma anorexia nervosa, decidiu partilhar o que aprendeu com outros pais. Assim nasceu "Anorexia e Bulimia - Um guia para pais e educadores".
É no retrato que faz das duas doenças que se baseia este artigo de Farmácia&Saúde, também ele com o fito de dar esperança aos pais que, confrontados com uma filha anoréctica ou bulímica, quase sempre carregam o fardo da culpa. A culpa de não terem sabido evitar a doença e a culpa de não serem capazes de lidar com ela sozinhos.

Anorexia - a tirania da balança

De repente a sua filha resolveu tornar-se a pessoa mais magra do mundo e pensa que vai conseguir sobreviver. Você nem sequer percebeu que isso estava a acontecer ou então subestimou as consequências desse emagrecimento, na esperança de que fosse (mais) uma fase do crescimento.
O mais certo é estar-se perante um caso de anorexia, recusa excessiva de ingestão de alimentos. Uma "magricela", na terminologia de Katherine Byrne.
Porque anoréctica é uma palavra feia para chamar a uma pessoa cuja necessidade mais profunda e urgente é que a achem bonita.
A magricela não deseja atingir um estado deplorável de emagrecimento, o que deseja é sentir-se melhor consigo própria. Suspira por algo que a torne especial, que contrarie aquilo que sente quanto ao seu aspecto.
E encontra esse "algo" no controlo da comida. Pode não ser capaz de controlar o aparecimento de assustadoras sensações sexuais, por exemplo, mas consegue controlar o que come.

Num esforço de controlo das "coisas terríveis" que a puberdade faz ao seu corpo, continua a dieta para além do normal, ficando presa ao sentimento de realização que a perda de peso lhe dá.
É a nova confiança proporcionada pela cerimónia diária de subir para a balança da casa de banho.
Afinal, as pessoas podem divergir sobre a beleza de uma rapariga, mas ninguém pode negar que se ela mede 1,60 metros e pesa 32 quilos é MAGRA!
Só que a magricela acaba sempre por se aperceber de que aquela solução "ideal" para todos os problemas, afinal não é assim tão ideal.
Quanto mais dietas faz, mais sofre com desesperados acessos de fome e mais preocupada fica com a comida e o acto de comer, ou melhor, de não comer. E fica obcecada com o que os outros comem.

O corpo é que paga
A magricela fica entre a espada e a parede. Se era vista como obediente, transforma-se em dominadora, exigente e instável, obrigando a família a ceder às suas imposições. À medida que o peso baixa, torna-se profundamente egocêntrica.
E manipula a família, impondo ementas restritas, estabelecendo horários de refeição muito rígidos, inviabilizando visitas, exigindo acesso exclusivo a certas zonas da casa, apoderando-se mesmo da balança com medo que a estraguem. Sem darem por isso, os familiares estão escravizados.

As rotinas da magricela podem tornar-se tão rígidas como treinos militares. Algumas planeiam o dia ao minuto e cumprem esses horários independentemente da interferência que possam ter na família.
O corpo sofre com os efeitos secundários das dietas excessivas: a magricela deixa de ter o período menstrual, ou, se ainda não o tem, apercebe-se de que está a ser poupada - o que lhe agrada, porque, dada a sua obsessão pela higiene, a menstrução é vista como algo repugnante. Os padrões de sono também sofrem alterações.
Os efeitos físicos da privação de alimentos começam por ser visíveis na aparência esquelética, palidez, pele seca, temperatura corporal baixa (a anoréctica está sempre com frio), lábios e dedos arroxeados.
Mas outras consequências, de natureza neurológica e endrocrinológica, estão mais escondidas. A anoréctica fica extremamente sensível a estímulos exteriores, como ruídos ou cheiros. Revela comportamentos obsessivos, perturbações de raciocínio e desordem mental.

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da

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